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17/11/2008 - Combate à Aids em SP completa 25 anos e é modelo para o mundo

O Programa Estadual DST/Aids comemorou  nesta segunda-feira, (17/11)  25 anos, com um seminário destinado aos profissionais de saúde e à sociedade civil organizada. Intitulado “Programa Estadual DST/Aids SP: 25 anos promovendo saúde e cidadania”, o seminário será aberto às 18h, no Centro de Convenções Rebouças, com a presença do secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata. 

Quando o Programa Estadual DST/Aids de São Paulo foi criado, em 1983, por um grupo de técnicos da saúde liderado pelo médico Paulo Roberto Teixeira, pouco se sabia sobre a doença e sua forma de transmissão. O objetivo inicial era pesquisar dimensão da epidemia, esclarecer a população para evitar o pânico e a discriminação dos grupos considerados vulneráveis e garantir o atendimento aos portadores do vírus HIV.

Berço do programa brasileiro de DST/Aids e reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o programa da Secretaria da Saúde de São Paulo completa 25 anos com reconhecimento internacional. Graças ao compromisso dos profissionais de saúde, aliada à atuação da sociedade civil organizada, os portadores de HIV dispõem hoje de tratamento universal, gratuito e de qualidade em todo o Estado.

O Estado de São Paulo foi pioneiro na utilização e distribuição gratuita de medicamentos para pessoas infectadas com HIV. Em 1990 a Secretaria da Saúde passou a comprar Zidovudina (AZT), primeira droga usada no tratamento dos portadores da doença. Em 1996, com o surgimento dos chamados inibidores de proteases, como Indinavir, Ritonavir e Saquinavir o programa estadual passou a adquirir esses anti-retrovirais e a fornecê-los para pacientes de todo o Estado.

A política de distribuição gratuita e universal de medicamentos para portadores do HIV foi adotada em âmbito nacional. Atualmente 18 anti-retrovirais, em 30 diferentes apresentações, são entregues em todo o país.

Em São Paulo, cerca de 70 mil pacientes soropositivos recebem esses remédios em 165 unidades de dispensação espalhadas pelo Estado.

Além da distribuição gratuita de preservativos (cerca de 40 milhões de unidades por ano), o programa estadual é responsável por todo o gerenciamento logístico dos medicamentos de DST/Aids no Estado de São Paulo, prevendo  necessidades, dimensionando custos, supervisionando o armazenamento, elaborando grades de distribuição e monitorando as liberações de medicamentos do Ministério da Saúde.

Reflexo desse trabalho é a redução expressiva da mortalidade dos pacientes com HIV no Estado de São Paulo, que chegou a 56,5% nos últimos 10 anos, a queda do número de internações de pacientes com HIV, bem como o aumento da sobrevida média dos portadores do vírus e a diminuição da transmissão vertical (mãe para filho) de Aids.

Os avanços obtidos nos últimos anos também são fruto da ampliação e melhoria da estrutura assistencial voltada aos portadores de HIV em São Paulo. Atualmente são 184 ambulatórios, 19 hospitais-dia, 22 serviços de assistência domiciliar, 72 Centros de Testagem e Aconselhamento e 556 leitos conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde) voltado ao atendimento de soropositivos, além de 232 serviços de referência às DST.

Em 25 anos, o programa estadual priorizou o investimento na estruturação de uma rede de serviços descentralizada, por meio de apoio financeiro para aquisição de equipamentos hospitalares, permitindo o aprimoramento constante da infra-estrutura para o diagnóstico e a prestação de assistência médica especializada no Estado.

“A expansão dos serviços assistenciais para o interior do Estado, a disponibilização de marcadores imunológicos e de carga viral e, principalmente, a distribuição de medicamentos anti-retrovirais à população infectada proporcionaram resultados expressivos em relação à morbidade e na redução dos índices de mortalidade por Aids em São Paulo”, afirma Maria Clara Gianna, coordenadora Programa Estadual  de Combate às DST/Aids.

Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual de Saúde

 

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