A Santa Casa de Araçatuba, através do Serviço de Neonatologia Intensiva, Unidade de Cuidados Intermediários e do Posto de Coleta de Leite Humano, realiza nesta sexta-feira (19/8) evento referente ao agosto Dourado, mês instituído pelo Ministério da Saúde para ações de fortalecimento da conscientização sobre a importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida da criança e sua continuidade até os dois anos.
Ao todo, o hospital vai realizar três eventos relativos ao agosto Dourado. Nesta sexta feira às 9h destinado as colaboradoras e coordenadores do hospital. No período da tarde será a vez de gestantes e puérperas. No dia 24, o evento voltará a ser realizado exclusivamente para os profissionais de saúde.
O tema da campanha desse ano é “Fortalecer a amamentação: educando e apoiando”, inspirado na necessidade de as mulheres lactantes contarem com o suporte de redes de apoio em casa e no ambiente profissional para amamentarem durante o período de preconizado. O hospital representa duplamente esse suporte.
Referência regional, tanto para realização de partos de gravidez de alto risco que na maioria dos casos resulta em nascimentos de bebês prematuros, quanto para internação intensiva de bebês que nascem antes de completado o ciclo gestacional, a Santa Casa de Araçatuba mantém estrutura que oferece suporte e inspira as mães à coleta de leite humano para alimentar os bebês internados na UTI Neonatal.
Na condição de ambiente profissional, o hospital também oferece suporte à média anual de 25 colaboradoras que retornam ao trabalho após o período de licença maternidade. Dos 1.674 colaboradores da instituição, 82,5% (1.381) são mulheres.
Além de respeitar normas trabalhistas que asseguram às lactantes, direitos como, jornada diária de trabalho com uma hora a menos em relação às demais, a Santa Casa de Araçatuba oferece à essas colaboradoras a estrutura do Posto de Coleta, onde podem realizar ordenhas, colocar o leite para congelar, e ao final do expediente levar os frascos que serão usados no dia seguinte para seus bebês serem alimentados, enquanto elas trabalham.
A importância dessa estrutura como rede de apoio para as colaboradoras que atuam nos vários setores do complexo hospitalar será tema do depoimento da técnica de enfermagem Ana Paula Faustinelli, que atua na UTI Neonatal 2. Durante o evento ela vai falar sobre a sua experiência em retornar da licença maternidade e ter onde coletar o leite e armazena-lo corretamente, para que o seu bebê que fica aos cuidados da avó, possa ser alimentado no dia seguinte.
Durante o evento será apresentado um vídeo produzido com fotos de ensaio fotográfico realizado pela fotógrafa Cibele Vieira, que mostra bebês internados na UTI Neonatal, em trajes dourados e sendo alimentados por sonda com o leite coletado por suas mães.
O evento terá palestras ministradas pelo neonatologista e intensivista Anderson Azevedo Dutra, coordenador médico do Serviço de Neonatologia Intensiva e da Residência Médica; e a pediatra Rhaisa Leandro Maschio Bizio, plantonista da UTI Neonatal e médica responsável pelo Posto de Coleta de Leite Humano.
O Serviço de Neonatologia da Santa Casa de Araçatuba é composto pelas UTI Neonatal, UTI Neonatal e Pediátrica, Unidade de Cuidados Intermediários e Posto de Coleta de Leite Humano. Reúnem 89 colaboradores de enfermagem e 24 médicos, 12 dos quais residentes.
De janeiro a julho deste ano, o Posto de Coleta de Leite Humano atendeu 1.571 mães, coletou em torno de 38 litros de leite em sala de coleta e 39 litros de coletas domiciliares, totalizando 76 litros produzidos.
Agosto Dourado
A campanha reforça, junto às mães e profissionais de maternidades, a importância da doação de leite materno. A cor dourada foi adota em alusão à campanha porque o leite humano é considerado o alimento ouro para os bebês.
O leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos, segundo o Ministério da Saúde.
O aleitamento materno protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta.
O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses de vida, mesmo nas mães que tiveram casos confirmados de Covid-19.