O Mutirão de Cirurgias Eletivas realizado pelo Governo do Estado será estendido até 31 de dezembro, para de acordo com o secretário estadual de Saúde Jean Gorinchteyn, “aumentar a oferta de serviços e possibilitar que mais pessoas sejam atendidas e de forma muito mais rápida”. O mutirão é realizado por uma parceria formada entre o Governo do Estado e hospitais filantrópicos e particulares.
O anúncio foi feito por Gorinchteyn durante visita realizada na Santa Casa de Araçatuba para inaugurar duas novas salas cirúrgicas totalizando 12 salas no Centro Cirúrgico “que vão ajudar tanto nas urgências, emergências, quanto das eletivas”. As novas salas cirúrgicas foram equipadas pelo UniSalesiano e os 12 técnicos de enfermagem das equipes cirúrgicas foram contratados por seis meses pela Prefeitura de Araçatuba, através da Secretaria Municipal de Saúde.
Com a nova oferta de salas equipadas, o hospital terá a possibilidade de passar de 20 cirurgias/dia para até 50 cirurgias/dia. ” Na conversa que tivemos com o provedor Petrônio (Pereira Lima) tivemos a informação de que as cirurgias eletivas serão incrementadas”, disse o secretário ao lembrar que as cirurgias eletivas já passaram pela fase de avaliação para qualificação da fila.
No início do programa, eram 29,3 mil cirurgias eletivas represadas na região de Araçatuba. Com triagens e cirurgias, até o momento, houve uma redução de 32,7% desta fila inicial. Já foram realizadas 2,1 mil cirurgias “Estendemos o mutirão para até o final de dezembro para que toda população possa ser acolhida. Isso não é apenas uma política de saúde; é uma política humanitária”, definiu Gorinchteyn.
Momentos antes da entrevista coletiva, o secretário visitou o paciente Mário Luiz Nieri, 61 anos, de Andradina, que estava na fila de espera há 8 anos e passou por uma artroplastia no joelho esquerdo na quarta-feira (21/9) na Santa Casa de Araçatuba. “Ele contou que já não conseguia sequer andar 200 metros. A prótese colocada pelo mutirão representa autonomia e qualidade de vida para ele.
Gorinchteyn disse que a associação de grandes parceiros, como ocorre entre a Santa Casa de Araçatuba, a Prefeitura de Araçatuba e o UniSalesiano “permite que pacientes dos 40 municípios da região sejam acolhidos e tenhamos a melhoria dos serviços e da qualidade assistencial”. O secretário, também incluiu dentre os benefícios da junção de forças, a Unidade de Internação de Ortopedia que foi reformada e reequipada por essa mesma parceria.
Durante a entrevista coletiva, o provedor Petrônio Pereira Lima destacou que o funcionamento de mais duas salas de cirurgia e o aumento de procedimentos que proporcionarão “ao empenho da secretária municipal de Saúde Carmem (Guariente), do diretor regional Rachides que tem nos cobrado prementemente e da diretoria do UniSalesiano que proporcionou os recursos necessários para equipar”.
O provedor afirmou que esses parceiros conhecem as dificuldades enfrentadas pela instituição. “Com o aumento das cirurgias equacionamos uma parte dos problemas, mas a nossa Santa Casa precisa de muito mais”. Ele reconheceu, no entanto, que “o hospital tem merecido as atenções do poder público municipal, quanto do nosso governador Rodrigo Garcia, representando pelo secretário Jean e do diretor regional Rachides que acompanha de perto e vê que estamos fazendo o dever de casa em nossa missão de atender os pacientes dos 40 municípios da região de Araçatuba”.
O prefeito de Araçatuba Dilador Borges também comemorou a expectativa de a Santa Casa de Araçatuba praticamente triplicar a quantidade diária de cirurgias, aumento possibilitado pela entrada em funcionamento de mais duas salas cirúrgicas. “Com essa nova diretoria, o Município sempre se colocou à disposição pois sabemos das dificuldades que as filantrópicas enfrentam. Temos procurado ajudar, tendo como suporte o nosso governador Rodrigo Garcia e o nosso secretário Jean que tem sido um embaixador de Araçatuba e região junto ao Governo do Estado”.
Dilador Borges disse que “os hospitais filantrópicos passam por momento difícil também pela desatualização da tabela do SUS que é de responsabilidade do Governo Federal e isso precisa ser revisto e a classe política precisa tomar uma posição sobrando do governo federal a correção desta tabela, se não as santas Casas vão se enterrar no endividamento e quem paga caro com isso é a sociedade”.