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07/03/2025 10:00:31 - Santa Casa de Araçatuba integra projeto do Ministério da Saúde para reduzir em 50% o índice de infecções hospitalares

Quanto custa tratar pacientes que adquirem infecção durante internação em leitos de UTI? Qual o impacto que a infecção associada a cuidados de saúde provoca nos custos hospitalares? As respostas formam a base do “Saúde em Nossas Mãos”, projeto que o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proad-SUS), do Ministério da Saúde, está realizando em hospitais públicos para reduzir em 50% as infecções relacionadas à assistência à saúde bem como demonstrar o impacto financeiro com a prevenção.

A Santa Casa de Araçatuba é um dos 300 hospitais do país selecionados para integrar o projeto desenvolvido em parceria com os hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês, Beneficência Portuguesa, Hospital do Coração (HCor), Hospital Oswaldo Cruz e Hospital Moinhos de Vento. O projeto é realizado através de reuniões virtuais e visitas presenciais por consultores desses hospitais. 

O “Saúde em Nossas Mãos” foi implantado em outubro de 2024 na UTI Adultos 1 com ênfase em três áreas: infecção primária de corrente sanguínea associada ao uso de cateter central, infecção do trato urinário associada a cateter vesical e pneumonia associada à ventilação mecânica em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

As ações serão multiplicadas nas outras cinco UTIs do hospital, que mantém 60 leitos dentre adultos, pediátricos e neonatais. As UTIs são ambientes de risco com processos e dispositivos invasivos necessários à manutenção da vida, mas que podem causar infecções e aumentar o tempo e o custo da internação.

Em fevereiro, o Núcleo Técnico formado por uma equipe multidisciplinar de 11 profissionais participou de treinamento ministrado por Nanci Oliveira, analista de custos do Hospital Israelita Albert Einstein, sobre o modelo de custeio para avaliação futura. Até abril de 2027, será possível dimensionar o impacto financeiro no hospital com a prevenção das infecções. O resultado das atividades será monitorado por indicadores como economia gerada para o SUS e vidas salvas por meio das ações.


De acordo com Proard-SUS, no período 2018-2019, o “Saúde em Nossas Mãos” salvou 2.687 vidas e gerou ao SUS uma economia de R$ 354 milhões.

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